Por Fernanda Santiago Valente
O rascunho é o original que
podemos reescrever. Mais uma vez reescrever. Às vezes perdemos nossos
originais. É uma folha perdida que de repente o vento leva ou um “delete” sem
querer no teclado, ou então, aqueles que propositalmente rasgamos ou apagamos. São
nossos rascunhos pretos e brancos ou coloridos. Alguns horríveis de ser ler de
tão tristes e doloridos, mas outros alegres e profundos, que não vale a pena
rasgar ou apagar.
Alguns dos meus rascunhos estão
inacabados, outros perdidos e muitos guardados. Muitos deles ganharam formas e
foram compartilhados. O que escrevi ontem? Nem sei mais. Hoje escrevi outra
coisa. O rascunho eu guardei.
Amanhã poderei ler meu rascunho e
acrescentar algo novo. Por isso, prefiro nem ler o que escrevo porque cada
momento é único e o original se chama HOJE, AGORA... Só sei que todos os dias
me faço e me desfaço em meus rascunhos, encontrando a liberdade e não as
normas.
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