terça-feira, 6 de setembro de 2011

Rascunhos


Por Fernanda Santiago Valente

O rascunho é o original que podemos reescrever. Mais uma vez reescrever. Às vezes perdemos nossos originais. É uma folha perdida que de repente o vento leva ou um “delete” sem querer no teclado, ou então, aqueles que propositalmente rasgamos ou apagamos. São nossos rascunhos pretos e brancos ou coloridos. Alguns horríveis de ser ler de tão tristes e doloridos, mas outros alegres e profundos, que não vale a pena rasgar ou apagar.
Alguns dos meus rascunhos estão inacabados, outros perdidos e muitos guardados. Muitos deles ganharam formas e foram compartilhados. O que escrevi ontem? Nem sei mais. Hoje escrevi outra coisa. O rascunho eu guardei.
Amanhã poderei ler meu rascunho e acrescentar algo novo. Por isso, prefiro nem ler o que escrevo porque cada momento é único e o original se chama HOJE, AGORA... Só sei que todos os dias me faço e me desfaço em meus rascunhos, encontrando a liberdade e não as normas.




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