quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quem são eles?



Por Fernanda Santiago Valente

Não podemos jamais confundir os psicopatas com pessoas deprimidas, bipolares ou esquizofrênicas. Existe uma diferença muito grande entre eles. Psicopatas não demonstram qualquer tipo de emoção. É muito triste isso! E infelizmente, conheci uma pessoa assim. Eu me afastei dessa pessoa, mas ela continua articulando por aí!
É difícil conviver com eles, pois são pessoas cativantes, convincentes, e demonstram sempre estar fazendo algo bom. Pessoas emotivas e mais “inocentes” acabam caindo em suas lábias. Só percebemos o estrago que fazem em nossas vidas, quando nos afastamos deles. Não a culpo por alguns transtornos emocionais que causou em minha vida, mas fiquei me culpando durante muito tempo.
Psicopatas não são assassinos, mas são pessoas que tem o dom de manipular situações, tirar vantagens sobre nós e mais: eles nunca estão errados. Então, cuidado com pessoas que tem esse perfil. São excelentes articuladores. No texto abaixo, você saberá um pouco mais sobre o assunto. 

Psicopatas: Como conhecê-los?

Por Thais Padua, Rio de Janeiro

Total ausência de sentimento de culpa, arrependimento ou remorso pelo que faz de errado, falta de empatia com o outro e de emoções como o amor, a tristeza, o medo e a compaixão. Essas são as principais características de um psicopata, indivíduo transgressor de regras sociais que apresenta transtornos de personalidade e só visa o interesse próprio. 
Encantadores à primeira vista, causam boa impressão para quem os conhece superficialmente. Mas, um convívio mais intenso pode revelar uma pessoa fria e calculista, egocêntrica, megalomaníaca, manipuladora, impulsiva, inescrupulosa, irresponsável, mentirosa e às vezes violenta. Após todos os adjetivos citados, pode parecer fácil reconhecer um psicopata, mas não é. Até mesmo os profissionais da área médica e psicológica são enganados por eles, uma vez que sabem representar muitíssimo bem.
Eles estão infiltrados em todas as esferas da vida social e são capazes de passar por cima de qualquer pessoa só para satisfazer seus sórdidos interesses. “Pode-se dizer que são verdadeiros ‘predadores sociais’, almejam somente poder, status e diversão. Para isso, usam as pessoas apenas como troféus ou peças do seu jogo cruel.”, explica a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro “Mentes Perigosas”.
É muito comum as pessoas associarem psicopatia com loucura, o que é um grande equívoco. A especialista esclarece que loucura é o que a medicina denomina de surto psicótico, em que a pessoa tem alucinações ou delírios, como os portadores de esquizofrenia por exemplo. Os esquizofrênicos vivem uma realidade paralela e por isso, não têm noção de suas ações. Já os psicopatas, sabem exatamente o que estão fazendo e o sofrimento que causam aos outros. “Eles não apresentam problema algum de ordem cognitiva ou deficiência de raciocínio. O problema deles está apenas no campo das emoções.”, explica.
A médica os define como verdadeiros atores da vida real e alerta que é preciso ficar atento quando não se conhece alguém ainda muito bem. “É sempre bom checar os hábitos e saber um pouco do seu passado da pessoa. Os psicopatas são muito habilidosos em usar da nossa boa fé. Sem querer ser pessimista, somente realista, antes de reconhecer um indivíduo desta natureza, precisamos entender que a maldade existe verdadeiramente. A nossa tendência é sempre achar que ninguém é tão ruim assim e que um dia vai mudar.”, comenta.
Na verdade, essas pessoas raramente aprendem com os erros e não conseguem frear impulsos. Portanto, ao identificar um deles é essencial tomar distância e jamais compactuar com ele. De qualquer forma, é importante esclarecer que somente uma pequena parcela dos psicopatas é assassino ou serial killer. Isso porque existem níveis variados de psicopatia: leve, moderada e severa.
A grande maioria dos psicopatas se enquadra no grau mais leve. Estão disfarçados de líderes religiosos, executivos bem sucedidos, bons políticos, bons amigos e bons amantes. Vivem de golpes, roubos, fraudes e estelionatos. Podem arruinar empresas, destruir lares, passar para trás colegas de trabalho, se promover à custa dos outros, mas tudo sem sujar as mãos de sangue. “Geralmente são charmosos, sedutores, inteligentes, aparentam serem pessoas do bem e possuem grande poder de persuasão e habilidade para enganar quem quer que seja. Estão do lado de fora das grades, convivendo com todos nós, sem levantar suspeitas de quem realmente são. Outros, de fato, são assassinos ou até serial killers e matam tal qual feras predadoras.”, afirma a doutora.
O que os motiva a cometer um crime é possivelmente a ausência total de remorso associada a uma ânsia de domínio e poder sádico sobre as pessoas. Mas, qualquer que seja o nível de gravidade, as atitudes maquiavélicas, imorais e antiéticas, sempre deixam marcas de destruição por onde passam.
Para o neurocientista Renato Sabbatini, a psicopatia não parece ser genética, nem hereditária. “Existem prejuízos cerebrais funcionais caracterí¬sticos, que podem ter sido adquiridos na gravidez, parto ou infância, por exemplo, que podem acarretar neste distúrbio. Além de alguns casos raros de lesão cerebral por trauma ou tumores. Mas, pode-se dizer que existem sim alguns fatores que são observados em recorrência nos psicopatas como: sexo masculino, histórico de abuso durante a infância e abuso de drogas e de álcool.”, explica.
Estatísticas mostram que a proporção de psicopatas é de três homens para cada mulher. Não se sabe bem qual a razão, mas pode ter relação com o hormônio sexual masculino, a testosterona. “No entanto, não sabemos se as mulheres não estão sendo subdiagnosticas. Isso porque os homens são naturalmente mais impulsivos e agressivos e podem revelar a psicopatia com mais facilidade. Já as mulheres apresentam uma perversidade mais sutil, camuflada, no campo das intrigas.”, acrescenta a psiquiatra.
O diagnóstico é basicamente clínico, através da observação do comportamento e do levantamento do histórico de vida do indivíduo. O instrumento mais usado entre os especialistas é o teste Psychopathy checklist-revised (PCL-R), desenvolvido pelo psicólogo canadense Robert D. Hare, da Universidade da Colúmbia Britânica. O método utiliza uma entrevista padronizada com os pacientes que revela três grandes grupos de características que geralmente aparecem sobrepostas: deficiências de caráter, ausência de culpa e comportamentos impulsivos ou criminosos.
A psicopatia só pode ser diagnosticada pelos médicos a partir dos 18 anos, mas na realidade, ninguém vira psicopata de um dia para o outro. Mesmo crianças e adolescentes apresentam condutas maldosas ou perversas. “Isso se percebe nos maus tratos com os irmãos, coleguinhas e animais. Nas mentiras recorrentes, roubos de pertences dos outros, transgressões de regras sociais e especialmente na falta de afeto. Porém, por uma questão de nomenclatura, antes da maioridade o problema é denominado Transtorno da Conduta.”, diz Ana Beatriz Silva.
Os jovens normalmente são levados pelos pais ao consultório. O motivo é sempre o comportamento desafiador do filho. Já os adultos, dificilmente procuram por ajuda psiquiátrica ou psicológica. No que diz respeito à saúde mental, só há tratamento para quem apresenta desconforto emocional que impeça uma boa qualidade de vida. Por mais estranho que pareça, os psicopatas são muito satisfeitos consigo mesmos e não apresentam constrangimentos morais ou sofrimentos emocionais como depressão e baixa auto-estima. 
Sendo assim, não é possível tratar uma dor inexistente. Em relação aos remédios, também não há, até o momento, nenhum medicamento comprovadamente eficaz para este distúrbio. “Cuidar de um psicopata é uma luta inglória, pois não há como mudar sua maneira de ver e sentir o mundo. Psicopatia é um modo de ser. O que o médico ou terapeuta podem fazer é dar suporte e oferecer tratamento às vítimas deles, uma vez que são elas que verdadeiramente sofrem.”, conta a médica. 
No Brasil, criminosos psicopatas e doentes mentais são tratados da mesma forma, não existe uma legislação específica. Isso é um grande problema, pois a psicopatia não se enquadra no padrão das doenças mentais, eles não são débeis e muito menos apresentam sofrimento emocional. Caso não seja diagnosticada a psicopatia, a pessoa fica presa com presidiários comuns. Mas, o psicopata não é um criminoso recuperável, e quando sair da cadeia, a sociedade correrá os mesmos riscos de antes.
Se ele for diagnosticado como um psicopata, será punido como se fosse um doente mental, com um tratamento psiquiátrico em um manicômio judiciário. “Como não há cura, teoricamente ele deveria ficar lá pelo resto da vida, mas sabemos que enganos acontecem e ele pode receber alta de uma hora para outra.”, comenta a psiquiatra. Em países como o Canadá, a Inglaterra, a Austrália e em alguns estados dos EUA, o psicopata cumpre penas bem mais rigorosas, com prisão perpétua em celas isoladas.
A boa notícia é que apesar de os crimes cometidos por psicopatas estarem sendo cada vez mais divulgados, segundo o neurocinetista Renato Sabbatini, os casos parecem na verdade estar diminuindo. “Cerca de 1% da população masculina tem distúrbio de personalidade anti-social. Sociopatas violentos têm uma proporção relativa muito menor. Essa estatística não está crescendo, o que acontece é uma maior publicidade a respeito, dada por criminosos famosos enfocados pelas mí¬dias de massa.”, afirma.
O neurocientista ainda observa que o termo psicopata é controvertido, pois significa doente da alma (psique), e desta forma, qualquer pessoa com doença mental, como depressão ou ansiedade, poderia se enquadrar nesta denominação. “O termo sociopata é usado para qualquer pessoa que tem distúrbios anti-sociais, como os indivíduo que chamamos de psicopatas. Mas, a nomenclatura, de psicopata, ficou comumente associada ao sociopata violento, assassino em massa.”, conclui.
Fonte: http://www.saude.com.br/site/materia.asp?cod_materia=435

Fonte: http://www.saude.com.br/site/materia.asp?cod_materia=435

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sem conhecimento cultural não há história

Por Fernanda Santiago Valente

José Eduardo Agualusa

A paixão por suas raízes culturais é o que o escritor angolano José Eduardo Agualusa e o escritor brasileiro Nei Lopes tem em comum. A África, logo ali. (um dos temas da Tarrafa Literária, que aconteceu em Santos.) É mais coeso dizer que a África é bem aqui, embasada através de raízes, comportamentos que adquirimos pelos nossos ancestrais. Escrever requer conhecimento e curiosidade. Quanto mais conhecemos, mais imaginamos. E assim, estamos preparados para contar uma excelente história.
Nei Lopes
Para esses escritores, não importa se os personagens são fictícios, mas sim o conteúdo e a realidade histórica que vão transmitir ao leitor. Enquanto Agualusa aproveita histórias e personagens de outros autores, como Eça de Queiroz, para incrementar e dar vida aos seus textos, Nei Lopes brinca com as palavras, buscando a cada dia novos significados. O angolano consegue transformar uma lagartixa no principal personagem de uma história, dando vida aos seus pensamentos. Enquanto isso, Nei estuda toda a história africana que passou e passa pelo nordeste e Rio de Janeiro. Ele vai em busca dos orixás, dos ritmos, das palavras, das cores. Para ele, escrever é compor uma música. O texto é poético.
Agualusa percorre o mundo das personalidades e personagens do movimento abolicionista. Percorre a luta da abolição em Angola. Suas histórias literárias abrem espaço para adaptações de novelas e filmes. O que faz isso acontecer é a riqueza de informação, é o viver a cultura que ama. Assim é também com Nei Lopes que esbanja beleza às mulheres negras, compõe o samba e canta com a alma a história que vive e estudou. Para ele, é um encontro com Deus.
Observar os dois escritores explicando suas vidas e suas obras é perceber que é necessário vivenciar algo. Ambos constroem suas histórias através da paixão que tem por suas raízes. E é exatamente essa paixão que nos transmite a curiosidade de conhecer a história. Escritores não são aqueles que escrevem um simples lide, mas sim aqueles que tem histórias para enriquecer seus personagens. É assim que criamos. Se eu quero escrever sobre Deus, tenho que ter paixão por ELE e fazer de tudo para conhecê-lo, imaginando-o, refazendo-o. Escrever é contar, analisar, sentir, perceber, detalhar tudo aquilo que se vive!
Saiba mais sobre os escritores: http://www.agualusa.info/

Aliança


Por Fernanda Santiago Valente

Dói
Toda vez que vejo um anel se quebrar
Quando vejo sonhos de "princesas" desmoronar
O vestido, o véu, a canção
O "sim eterno" diante de Deus
...
É o amor!
Não se ama na doença
Nem na pobreza
É mais fácil amar quando tem tudo nas mãos
Um não
É o caminho da traição
Promessas são esquecidas
Não há compreensão
Cada um segue sua vida
E se repete o refrão
A nota pode não ser a mesma
Mas é ainda uma aliança, uma promessa, outra canção.
Doença e pobreza?
Melhor entender a estação
Toda mulher sonha com véu, anel e canção
Não como simbolismo
Mas como eterno compromisso
Homem mesmo é aquele que não debocha da oração

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O povo está em festa!

Por Fernanda Santiago Valente
Enquanto o povo comemora o dia do sexo, o governo continua dando uma “swingada” em todos.  E no final de tudo, a galera grita de desespero e não de outra coisa. Amanhã se comemora o dia da Independência, o dia que o Brasil ganhou “autonomia política”, ou seja, ganhou sua primeira bandeira.
Se por um lado o Brasil se livrou do domínio português, hoje ainda está sob o domínio de muitos outros países, pois o seu principal talento é ser a prostituta do mundo. Brasileiro que é brasileiro não é independente coisa nenhuma. Independente eram mesmo os índios. Hoje, independentes são os políticos. No caso mensalão, podem até ficar jogando acusações um para o outro, mas no final, sabemos muito bem que todos estão unidos. Um depende do outro e não do povo.
O povo? Amanhã a maioria estará nos litorais do Brasil, gastando suas economias ou adquirindo dívidas. Para o povo é melhor fazer sexo do que mudar uma realidade que nunca mudou. A história do Brasil já começou errada. Se gastamos o nosso tempo estudando para ser alguém na vida, realmente temos que mudar de país. Aqui, prevalece quem é esperto.
Esperteza é uma herança adquirida desde que manipularam os índios. Até hoje brasileiro é índio, ou então, escravo. Viva!