quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Poesia para dançar



Por Fernanda Santiago Valente

Podemos escolher entre a melancolia ou a alegria. A melancolia enfeita a poesia, grita a dor e chora. A melancolia clama pela alegria e às vezes elas se encontram, quando entendem suas mágoas, rancores e desamores.
Na alegria a melancolia dança. Ela franze a testa, morde os lábios, sorri torto e pede uma música. Neste instante ela dança como se nunca tivesse chorado e quando a música para de tocar sempre pergunta: _Por que não é todo o tempo assim?
É a nossa vida. É a nossa poesia de cada dia, que com muito esforço fugimos da melancolia, porque tristeza sem motivo é falta de fé ou ousadia. Para Mário Quintana, a melancolia é apenas uma “maneira romântica de ficar triste”. Românticos tristes? Sim!
Sem tristeza não há romance, já que para Victor Hugo “a melancolia é a felicidade de ser triste”.
Um romântico nato é aquele que viveu ou experimentou as dores da tristeza, mas mesmo assim, todo o tempo busca a alegria. A melancolia passa, a melancolia volta, a melancolia se entrega a poesia, toca uma ou várias músicas e enfim, dança. Sim, ela dança como se fosse a ultima música. Essa alegria que ela abraça que não quer que a arranquem dela. É assim como o Rei Davi, errou, chorou, buscou a alegria e entre choros e tropeços, se levantou. A melancolia é pura. Deus deve ser melancólico porque mesmo que chore conosco em nossas fraquezas, ELE nos convida a dançar em nossas alegrias.
A poesia que dança é o sonho do romântico que tem fé, esperança e amor.


Um comentário:

Fran Souza disse...

Nhai, muito lindo esse texto, e essa música também, não conehcia, amei. Fique com Deus. Beijinhos
http://naosecompara.blogspot.com/