Por Fernanda Santiago Valente
Podemos escolher entre a
melancolia ou a alegria. A melancolia enfeita a poesia, grita a dor e chora. A
melancolia clama pela alegria e às vezes elas se encontram, quando entendem
suas mágoas, rancores e desamores.
Na alegria a melancolia dança.
Ela franze a testa, morde os lábios, sorri torto e pede uma música. Neste
instante ela dança como se nunca tivesse chorado e quando a música para de
tocar sempre pergunta: _Por que não é todo o tempo assim?
É a nossa vida. É a nossa poesia
de cada dia, que com muito esforço fugimos da melancolia, porque tristeza sem
motivo é falta de fé ou ousadia. Para Mário Quintana, a melancolia é apenas uma
“maneira romântica de ficar triste”. Românticos tristes? Sim!
Sem tristeza não há romance, já
que para Victor Hugo “a melancolia é a felicidade de ser triste”.
Um romântico nato é aquele que
viveu ou experimentou as dores da tristeza, mas mesmo assim, todo o tempo busca
a alegria. A melancolia passa, a melancolia volta, a melancolia se entrega a
poesia, toca uma ou várias músicas e enfim, dança. Sim, ela dança como se fosse
a ultima música. Essa alegria que ela abraça que não quer que a arranquem dela.
É assim como o Rei Davi, errou, chorou, buscou a alegria e entre choros e tropeços,
se levantou. A melancolia é pura. Deus deve ser melancólico porque mesmo que
chore conosco em nossas fraquezas, ELE nos convida a dançar em nossas alegrias.
A poesia que dança é o sonho do romântico que tem fé,
esperança e amor.
Um comentário:
Nhai, muito lindo esse texto, e essa música também, não conehcia, amei. Fique com Deus. Beijinhos
http://naosecompara.blogspot.com/
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