Por Fernanda Santiago Valente
Esses dias uma das minhas alunas, passando por um momento de depressão perguntou o que poderia deixá-la mais alegre, já que passa a maior parte do seu tempo sozinha. Eu respondi: _Primeiramente Deus. Depois, começar a fazer coisas que você não dava tanta importância como, por exemplo, ouvir músicas alegres, “aquelas de corno mesmo”. A música tem poder para deprimir ou para animar. Preferi me animar – disse.
Há um tempinho, li um artigo do jornalista e escritor Gilberto Dimenstain, na Folha de São Paulo, explicando que o ministério da cultura investe mais em músicas sertanejas, e que tudo gira em torno da comercialização. Disse ainda que as classes C, D e E são as únicas atraídas por esse tipo de música.
Por um lado concordo com o Gilberto, por outro não. Concordo que boa parte das verbas poderiam sim ser liberadas para a música clássica e erudita, ainda mais porque muitos desconhecem esse gosto. Mas para isso, penso que deveria ser aplicado na educação. Por que o governo não investe novamente em aulas de música nas escolas? Só assim para os alunos criarem gosto. No geral, a arte poderia ser uma opção escolar: dança, teatro, música... ninguém seria obrigado a estudar a matéria, mas se identificar com alguma dessas artes como disciplina.
O que não concordo é generalizar que apenas as classes C, D e E que consomem a música sertaneja. Fazenda me lembra violão. São grandes fazendeiros que curtem essas canções, que fazem essas canções... e pessoas apaixonadas, desiludidas, estressadas da monotonia do dia a dia, correm ao encontro do sertanejo universitário. É mais uma moda? Pode ser...
Mas é uma moda repleta de histórias, alegrias e poesias. Será que você se identifica com alguma? Experimente ouvir.
A casa caiu
Você não sabe o que é amor
Pensa em mim
Meu eu em você
Meteoro
Adrenalina
Tá tudo OK!
Pirraça
De tanto te querer
3 comentários:
O nosso país "gigante pela própria natureza" tem uma diferença social tão colossal que interfere até na opção musical.Aliás, sob a minha
ótica a pirâmide não tem tantas camadas: ou somos ricos ou somos pobres.A músicas não devem da mesma forma serem classificadas.Sejam gospel, clássicas ou bregas não importa.Importa sim a escolha do ouvinte.Uns ecolhem a mensagem outros escolhem o requinte.Os primeiros sentem a melodia de acordo com o momento...com alegria...terapia. Os requintados não sei porque preferem as clássicas...afinal, faço parte da base piramidal.
Bem! Contra a depressão: ouvir músicas, sem discriminação, é uma exclente terapia.Independente do ritmo; da letra; da canção; da interpretação: faz bem a mente, tira da solidão e ao coração faz bailar de alegria.
A depressão é emocional.Levante o seu astral. Faça da sua vida um verdeiro recital.Ponto final.Tudo voltará ao normal.
Abraços fraternos.
Luiz Augusto da Silva.
Olímpia - São Paulo
Fernanda somos ricos em matéria de música, mas falo de música mesmo.
Porém essa cultura ao lixo musical está dominando a maioria das crianças e jovens que não tem a oportunidade de conhecer uma verdadeira música.
Ouvi por aí que a partir do próximo ano será obrigatório o ensino de música nas escolas. Espero que os educadores passem o que há de melhor para esses jovens.
Você disse muito.
Um texto muito oportuno.
Xeros
o que a ana karla disse de ensinar musica na escola eu concordo.
Hoje em dia eu so ouço lixo, essas musicas que fazem ultimamente , sao horrorosas.
qualquer um pode fazer essas coisas horriveis..
Os jovens hoje em dia, não sabe oq é musica boa não..
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