sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Qual o valor que damos ao nosso tempo?

Por Fernanda Santiago Valente

O nosso tempo é longo quando não temos paixão pela vida ou pelas atividades que estamos praticando. Agora, quando fazemos o que gostamos, tudo passa rapidamente que nem notamos. Energia e paixão é o que torna o nosso tempo inesquecível. Temos que procurar alegria e significado em nossas vidas. Não podemos nos prender ao passado e nem ficar paralisados com o futuro.
A melhor forma de investir o nosso tempo são nos relacionamentos, nas pessoas. O contato face a face. Quanto tempo gastamos o nosso dia naquilo que fazemos melhor? Geralmente, deixamos de praticar o nosso melhor desperdiçando o nosso tempo em coisas que não nos trazem benefícios nenhum: horas em frente à TV, quase o dia todo conectados no facebook pelo celular ou até ouvindo conversas que não são produtivas para as nossas vidas.
E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão
2 Coríntios 6:1
Precisamos de tranquilidade para ouvirmos a voz de Deus. Precisamos praticar atividades que satisfazem a alma: almoçar com a família, ler um bom livro, reencontrar um amigo, caminhar, ter um tempinho livre para observar o canto de um pássaro, etc... Quanto tempo não fazemos isso?
Para aqueles que passam a maior parte do tempo ocupados com trabalho, também é importante descansar. Deus produziu e descasou, não foi? Parou no sétimo dia para apreciar toda a sua obra de arte, toda sua produção. É por causa disso que o nosso corpo e coração também necessitam de muita atenção.
Amo escrever, desenhar, criar e penso que essas são as minhas melhores áreas de produção, mas ultimamente não tenho gasto as minhas energias nessas habilidades. Por isso, parei um pouco para refletir e analisar com o que eu tenho gasto o meu precioso tempo.
O meu objetivo neste texto é abandonar coisas que faz eu perder tempo, a principal delas é o facebook.
Acredito que eu não seja a única pessoa neste mundo que toda hora entra no facebook para ver as atualizações, compartilhar algo ou curtir alguma coisa... Não acho errado entrar no facebook, apesar de conter coisas destrutivas, o facebook também é uma ferramenta que contém coisas interessantes, como grupos, pessoas desaparecidas, causas, diversão, etc. Ele só passa a ser destrutivo quando passamos maior parte do nosso dia conectados nele. A partir de hoje, entrar uma ou duas vezes na rede será o meu limite. Já tirei o facebook do meu celular. Chega! Sabe por quê? Penso que isso não é vida social. Inconscientemente acabamos nos isolando e ao mesmo tempo nos exibindo. Esse tipo de comunicação começou a me incomodar quando eu estava com uma amiga tomando café e ela não parava de tirar fotos do café com o celular e na mesma hora, postava as fotos no facebook. Nunca senti tanta superficialidade. Ela só conversava comigo sobre as atualizações:
_Olha só o que o Fulano está fazendo?
O nosso papo que poderia ser algo legal não fluiu. E a partir daí comecei a observar o meu comportamento e o dos outros. Pelo celular, eu acessava o facebook toda hora. Era um comportamento automático. Acessava o face quando estava amamentando o meu filho, quando ele dormia ou em lugares que me causavam cansaço como filas, etc. Carregar o celular pra mim era carregar todos os meus amigos e familiares. Mas não é assim...
Facebook atrapalha! Ele rouba o nosso tempo. Além disso, ele impede que conversemos com alguém que senta ao nosso lado no ônibus, ou então, que está a nossa frente na fila do supermercado. Facebook causa dependência. Publicamos algo, alguém curte, comenta ou compartilha e ficamos toda hora vendo quem fez isso. Não é só isso! Ele também vira uma voz de desabafo. Eu e tantos outros publicamos o que estamos sentindo e isso faz com que machuquemos os sentimentos dos outros diretamente ou indiretamente.
Postamos fotos de comidas ou lugares que estamos. Fazemos declarações publicas de afeto e enfim, mostramos o quanto somos carentes. E a tendência é piorar. No facebook vemos a vida do outo, sendo verdadeira ou não. Lemos depoimentos e pensamentos que nos alegram ou nos entristece. Vemos a foto de uma festa de um amigo que não nos convidou. E de repente ficamos na dúvida: Será que é mesmo meu amigo?
Vemos também aquele amigo que sabemos que não gosta de Fulano curtindo, comentando e puxando o maior saco desse Fulano. E noto que não é nada saudável.
Continuarei a publicar minhas coisas no facebook, mas não com a mesma frequência. Estou trocando o meu facebook pelos meus velhos livros, um passeio, um papo com um amigo que não esteja “conectado” ao celular, momentos com o meu filho e minha família. A vida não é facebook e tempo desperdiçado não se recupera.


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