quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Tudo muda...

Por Fernanda Santiago Valente

Nunca pensei que o maior de todos os amores seria realmente a chegada de um filho. Eu ainda nem conheço o meu filho, mas já o amo mais do que qualquer coisa. É o tal amor incondicional e estou experimentando isso pela primeira vez...
Estou na 33ª semana de gestação, precisamente estou no 8º mês. Foi uma gestação complicada no começo, tranquila no meio e agora na etapa final, muito cansativa. Não pensava em ser mãe agora, mas ganhei este presente. Muitos me perguntaram: mas você não se preveniu? Minha resposta: Sim e Não. 
Desde 2007 me trato do hipotiroidismo, além disso também tinha os dois ovários policísticos, isso dificultava   a ovulação e me impedia de ser mãe, quando eu realmente queria ser mãe, ter uma família... mas, me divorciei em 2010 e junto com o divórcio, abandonei todo o tratamento que eu fazia para engravidar. Em 2011, conheci meu atual amor, e espero que seja para toda a vida. 
Comecei o ano de 2012 repleta de planos acadêmicos e profissionais e essa ideia de casar logo, ter filhos, não se passava mais pela minha cabeça. Estava pensando em planejar isso daqui uns 3, 4 anos, mas sem abandonar meus estudos e projetos, Deus resolveu apressar meu pacotinho. Levei um baita susto no começo. Ainda mais porque no começo do ano minha tireóide estava super alterada porque eu tinha deixado de tomar os remédios. Fiquei até internada. Tive delírios e assustei toda a minha família. Mas com os medicamentos, voltei logo ao normal e segui minha vida. Nas minhas férias de julho quem descobriu que eu estava grávida foi a minha avó, bem antes de mim. Ela percebeu que eu tinha enjoado o café, menos eu. E de repente ela me aparece com um teste de gravidez... eu fiz o teste brincando e jogando na cara dela que não estava grávida: _ Fiz tatas vezes esse teste, a senhora vai ver, vai dar negativo! E para minha surpresa, apareceram as duas linhas vermelhas indicando: POSITIVO.
Na hora tive todas as sensações juntas: chorei, ri, depois chorei de novo, e fiquei confusa, pois meu relacionamento ainda é algo novo e não sabia qual seria a reação dele. Vários pensamentos me invadiram. Mas, para a minha surpresa, todos ficaram felizes. 
E comecei a fazer o meu pré-natal. Minha tiróide estava alteradíssima, e o que a minha médica mais temia era que eu perdesse o bebê, pois poderia acontecer um aborto. Mas graças a Deus ele conseguiu ultrapassar os três meses de gestação e isso me deixou mais tranquila. Comecei a chamá-lo de campeão quando passei pelos três primeiros meses. E por incrível que pareça, já sentia que era um menino. 
Na 17ª semana de gestação fiquei sabendo que era realmente um menino e entre vários nomes: Arthur, Vinícius, Benício, Matheus... escolhi DAVI, que significa amado. 
Assim que o campeão e amado DAVI recebeu o nome já dentro da minha barriga, tudo mudou de verdade.  A gente começou a se comunicar. Ele não gosta que eu durma virada para o lado direito da cama, adora um docinho e me dá vários chutinhos, e quando passo a mão na minha barriga, fica quietinho... é a sensação mais maravilhosa do mundo! E agora, não vejo a hora de tê-lo em meus braços. 
Eu e meu namorado estamos ansiosos. Estamos na etapa final da decoração do quartinho do Davi e falta poucas coisas para comprar. Tenho me sentido muito mais sensível que antes, isso desde o começo da gravidez: às vezes estou irritada, outras chorando por nada, outras rindo... estou praticamente bipolar. Mas são as emoções da gravidez. Estou muito agradecida a Deus por esse privilégio: eu posso ser mãe! E agora sou toda do Davi. 
Obs: Desde que me divorciei comecei a colecionar sapatos e daqueles bem alto... agora, mudei o quadro. Davi já tem uma coleção. 




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