Por Fernanda Santiago Valente
Vivemos em busca de posições, colocações e ocupações. Todo mundo busca algo e quer ser reconhecido. Dizer que você não busca nada disso, é mentira. O ser humano, ainda mais nos dias atuais, onde vivemos a era do BIG BROTHER, You Tube, twitter e etc.; busca a fama. Cinco segundos que seja. Queremos os “holofotes”. Achamos que seremos importantes por causa deles, pois queremos aplausos.
Algumas pessoas permanecem entre os holofotes por muito tempo, talvez porque nem queiram estar ali. Outras, querem ser aquilo que não são, querem encantar, querem conquistar, querem os aplausos, até que um dia, “paf”, a máscara cai. E de repente, alguns dizem: “_Ei, quem é você?”
_Sou eu!
_Não, não é!
E por que escrevo isso? Lembro das primeiras poesias que escrevi, lá pelos meus 12 anos. Eu não as mostrava a ninguém. Até que um dia, lá pelos meus 16 anos na escola, o meu amigo Diego encontrou algumas delas nas últimas páginas do meu caderno: _Que legal! Isso aqui dá uma letra de música! E lá ficava o Diego com o violão, tentando musicar as minhas poesias. (era aquela coisa típica de adolescente). Concluindo que o Diego, já vinha de uma família de músicos. Toca por aí até hoje.
Hoje é difícil distinguir aqueles que escrevem ou tocam pelo prazer e amor de fazer isso, ou porque querem a tão sonhada fama. Só sei de uma coisa, aqueles que tocam, escrevem ou fazem qualquer coisa pela fama não sei se terei a certeza se os verei tocando, escrevendo, atuando, ou cantando daqui um tempo.
Mais um exemplo de posição, agora por Max Lucado
Os habitantes de StiltsVille - As Cidades da estacas
Talvez você não saiba,
ou talvez sim,
Sobre o vilarejo de Stiville,
(estranho mas é verdade)
Onde pessoas como nós,
Algumas baixas, algumas altas,
Com empregos e filhos
E relógios na parede
Ficam de olho na hora.
Pois cada noite às seis,
Eles se encontram na praça
Por causa de estacas,
Altas e na quais
Os habitantes podem confiar
E se elevar acima
Daqueles no chão:
Os que são menos.
A Tribo dos Pequenos,
Os chatos e os que não têm
Que querem ser altos
Mas não pode, porque
Na distribuição das estacas,
Seu nome não foi chamado.
Eles não foram escolhidos.
No entanto eles vêm
Quando os habitantes e reúnem;
Eles se amontoam na frente
Para ver se têm importância
Para a panelinha dos legais,
A corte de grande influência,
Que decide quem é especial
E declara com um grito,
"Você tem classe!" "Você é bonito!"
"Você é inteligente" ou "Engraçado!"
e dão um prêmio,
não de medalhas ou dinheiro,
não uma torta fresquinha
ou uma casa que alguém construiu,
mas o mais estranho dos presente -
algumas estacas.
Subir é sua missão,
Ir para o alto é seu objetivo
"Eleve sua posição"
é o nome de seu jogo.
Os que estão no alto em Stiltsville
(você já sabe se já tiver estado lá)
fazem a maior comoção
da doçura do ar rarefeito.
Eles saboreiam a chance
Em seus altos aparatos
De se exibir suas estacas,
o status definitivo.
Pois a vida não é melhor
Quanto vista de cima?
A não ser que você tropece
E de repente não tenha mais
certeza de onde se encontra.
Você se balança e depois se inclina.
"Cuidado aí embaaaaaaaaaaaaaaaaaaaixo!"
e cai imediatamente
nos Pequenos,
a gentalha da Terra.
Você aterrissa no seu orgulho -
E, nossa, como dói
quando a polícia chique,
na rejeição das rejeições,
não oferece ajuda,
e em vez disso toma suas estacas.
"Quem lhe fez rei?"
você começa a reclamar
mas então nota a hora
e para de reclamar.
São quase seis horas!
Não dá tempo para conversa fiada.
De volta à multidão
para ver se você tem importância.
(...)
(...)
Os habitantes de Stiltsville ainda se reúnem,
E as multidões ainda clamam,
Mas mais pessoas se afastam.
Elas parecem menos encantadas
desde que o Carpinteiro veio
e se recusou a ficar sobre estacas.
Escolheu ficar embaixo ao invés de no alto.
consertou o sistema.
" Você já é importante".
ele explicou para a cidade.
"Acredite em mim”.
Fique com os pés no chão."
Ele basta. Não basta? Chega de estacas, de exibição e de quedas. Deixe os outros jogarem os jogos tolos. Não nós. Encontramos uma coisa melhor. Assim como me disseram algumas das pessoas de Stilsville.
(Trecho do livro, Sem medo de viver, de Max Lucado, Ed. Thomas Nelson Brasil)
4 comentários:
Muito legal seu post, concordo com você
Mas penso por outro lado também...
As vezes eu paro e vejo quantas coisas agente faz pelas pessoas e coisas e não por nós mesmos...
Fazemos tanto para conseguir um emprego, dinheiro e estabilidade que não sobra tempo para fazer coisas por puro prazer..
Por exemplo, eu mesma já sonhei em aprender tantas coisas, mas quando agora vejo antes de fazer o que eu quero ,tenho que fazer o sociedade exige..por exemplo hoje gostando ou não você tem que saber inglês e espanhol , mas e se não quisesse, ou melhor se eu preferir aprender russo? Gostaria de ter mais tempo para escolher o que gosto e não só que o preciso..
Abraços..
http/www.papiando-adoidado.blogspot.com
Muito legal seu post, concordo com você
Mas penso por outro lado também...
As vezes eu paro e vejo quantas coisas agente faz pelas pessoas e coisas e não por nós mesmos...
Fazemos tanto para conseguir um emprego, dinheiro e estabilidade que não sobra tempo para fazer coisas por puro prazer..
Por exemplo, eu mesma já sonhei em aprender tantas coisas, mas quando agora vejo que antes de fazer o que eu quero ,tenho que fazer o que a sociedade exige..por exemplo hoje gostando ou não você tem que saber inglês e espanhol , mas e se não quisesse? ou melhor se eu preferir aprender russo? Gostaria de ter mais tempo para escolher o que gosto e não só que o preciso..
Abraços..
http/www.papiando-adoidado.blogspot.com
Sempre foi assim, não é verdade? A guerra de egos construída desde muito tempo em ambientes acadêmicos é apenas um exemplo desta busca pelo reconhecimento - hoje está ainda pior, porque o "existir" só faz sentido se "reconhecido" por alguma, digamos, habilidade. ( e nem precisa ser uma habilidade de fato, vide o que vem acontecendo com o tanto de "comediantes stand" up que surgem por aí na internet e que são mais "caras de pau" do que "cômicos", pra falar a verdade rs)
Então você falou muito bem se verá estes que se expressam buscando somente a fama consolidados por aí durante algum tempo. Mas em tempos líquidos, onde as ações efêmeras são vistas com naturalidade e até estimuladas, parece que muitos preferem assim, uma eterna busca ainda maior pela fama ou reconhecimento.
Abs!
posso confirmar as suas palavras e acrescentar que nada ganhamos temos grande reconhecimento em algo e não ter a alegria de fazer aquele algo... e como acontece na fama, você nunca vai estar satisfeito com aquilo que tu estás fazendo. vai querer sempre mais. um dia a gente olha para trás e ver que tudo aquilo era um tempo perdido.
se é para viver, que vivamos com vontade. como cita Augusto Cury.
nunca li um livro de Max Lucado... muito falado.
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