segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Como uma pérola

Por Fernanda Santiago Valente

Ontem enquanto passeava na praia, a beira da água, observei várias conchas. Nunca vejo conchas na praia de Santos. Aí lembrei que são das conchas que surgem as pérolas. E por que as pérolas são tão difíceis de serem encontradas? Fiquei questionando isso a Deus. Sei que peguei várias conchinhas com a esperança de encontrar uma pérola. Se encontrei? Hum... abri apenas uma. Não tinha nada. Além disso, peguei umas 10 conchinhas... mas não as abri, mas descobri que peguei conchinhas fechadas, sem feridas.
As conchas geralmente abrem e fecham, recebendo nutrientes da água, às vezes um corpo estranho e grãos de areia entram em seu interior, produzindo feridas. Mesmo assim, elas continuam o movimento. A pérola só surge na concha que passou por várias dores e mesmo assim decidiu viver. As conchas que não foram feridas não produzem pérolas, pois as pérolas são feridas cicatrizadas.
Penso que também é assim na nossa vida. Só nos tornamos pérolas quando aprendemos com as nossas dores, quando olhamos para toda a história da nossa vida e entendemos o porquê de enfrentarmos certas dores. Quando entendemos, perdoamos a nós mesmos, perdoamos as pessoas e até mesmo a Deus. Porque às vezes no meio a dor, achamos que Deus é injusto. Mas não. Deus sabe que se perseverarmos seremos transformados em pérolas, pois não existe feridas que não venham a ser cicatrizadas.
Quem nunca sentiu dor jamais poderá ser uma pérola.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, Fernanda. Bom dia!

Mais uma vez, creio, que estamos sempre em sintonia. Seja através da prosa ou da poesia. Justifico: "Como uma pérola" é a "minha" filosofia:As diculdades são obstáculos que se apresentam para que aprendamos, com resignação, supera-los para aperfeiçoarmos os nossos atributos morais e espirituais.

Abraços fraternais revestidos de saúde; amor, amizade e paz.

Luiz Augusto da Silva.
Olímpia - São Paulo